Encontra-se disponível a
aplicação eletrónica para formalização do
pedido de mobilidade de docentes por motivo de doença, entre o dia 1 de Junho e
as 18h00 horas de 6 de Junho de 2023 (hora de Portugal continental).
Publicitação das listas definitivas de Colocação, Não Colocação, Retirados e
Listas de Colocação Administrativa – 34.ª Reserva de Recrutamento 2022/2023.
Aplicação da aceitação disponível das 0:00 horas de segunda-feira dia 05 de
junho, até às 23:59 horas de terça-feira dia 06 de junho de 2023 (hora de
Portugal continental).
Concurso Externo, Contratação Inicial e Mobilidade Interna 2023/2024
Encontra-se publicado o
Aviso de Abertura respeitante aos Concurso
Externo, Contratação Inicial e Mobilidade Interna para o ano escolar 2023/2024.
Inscrições obrigatórias:
Concurso Externo e Contratação Inicial: de 24 a 28 de Abril de 2023
Mobilidade Interna: de 30 de Maio a 1 de Junho de 2023
Prazos de Candidatura:
Concurso Externo e Contratação Inicial: de 24 a 26 de Maio de 2023
Mobilidade Interna: de 19 de Maio a 21 de Junho de 2023
Afetação aos Quadros de Zona Pedagógica: de
12 a 14 de Junho de 2023.
FORMAÇÃO
ACÇÕES DE FORMAÇÃO DE CURTA DURAÇÃO (ACD)
As inscrições são feitas em
www.platanoeditora.pt,
usufruindo os sócios do SPLIU-Sindicato Nacional dos Professores Licenciados
pelos Politécnicos e Universidades de um desconto de 20%.
Perguntas frequentes - Reposicionamento dos
docentes nos termos da Portaria n.º 119/2018, de 4 de maio – Reposicionamento
2022 - 22 de novembro de 2022
INFORMAÇÃO
Certificação
do Tempo de Serviço
Os pedidos de certificação de tempo de serviço para efeitos de concurso de
professores 2023/2024, têm de ser apresentados até ao dia 31 de Dezembro de
2022.
A partir do dia 1 de Janeiro de 2023, e até 30 de Abril de 2023, só serão
admitidos os pedidos de certificação que sejam instruídos para efeitos de
aposentação e/ou de retificação administrativa dos previamente submetidos.
Os novos requerimentos de certificação de tempo de serviço para efeitos de
concurso nacional voltarão a ser admitidos a partir de 1 de Maio de 2023.
Encontra-se publicada a Nota Informativa Período Probatório 2022/2023, bem como
a lista de docentes que realizam o Período Probatório e a Lista de docentes
dispensados do Período Probatório:
Listas Provisórias de 2022 de Graduação Nacional dos Docentes Candidatos às
Vagas para Acesso aos 5.º e 7.º escalões
Estão disponíveis para consulta as
Listas Provisórias de 2022 de Graduação Nacional dos Docentes Candidatos às
Vagas para Acesso aos 5.º e 7.º escalões:
progressão
aos 5.º e 7.º escalões da carreira dos educadores de infância e dos professores
dos ensinos básico e secundário
Despacho n.º 10574/2022 - fixa, para o ano de
2022, as vagas para a progressão aos 5.º e 7.º escalões da carreira dos
educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário
xtrato
do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) – celebrado entre o SPLIU e a
Confederação Nacional da Educação e Formação (CNEF), publicado no Boletim do
Trabalho e Emprego (BTE) n.º 30 em 15 de agosto de 2022.
Esta Convenção altera e republica o CCT publicado no BTE, 1.ª série, n.º 40, de
29 de outubro de 2017, com as alterações introduzidas pelo BTE, n.º 5, de 8 de
fevereiro de 2019.
Pedido
de Regresso à Atividade Docente da situação de Licença Sem Vencimento de Longa
Duração (107.º ECD)
Encontra-se disponível a
aplicação para o
Pedido de Regresso à Atividade Docente da
situação de Licença Sem Vencimento de Longa Duração (107.º ECD) no SIGRHE.
Avaliação do Desempenho Docente e Formação Contínua
de Docentes
Foi publicada uma
Nota Informativa
sobre Avaliação do Desempenho Docente e Formação
Contínua de Docentes.
Progressão na Carreira
Recuperação de 2 anos, 9 meses e 18 dias
NOTA INFORMATIVA da DGAE sobre os procedimentos de avaliação:
- para os docentes que progridem ao longo do ano de 2019 e até 31 de julho de 2020 em virtude da recuperação do tempo de serviço, dos 2A 9M e 18D, em qualquer uma das suas modalidades, e que não tenham ainda os restantes requisitos do artigo 37.º do ECD;
GREVE E MANIFESTAÇÕES DOS PROFESSORES E DOS EDUCADORES
Esclarecimentos
Há serviços mínimos decretados para 6-6-23?
Não! Por isso, todos os docentes podem fazer greve em 6-6-23, bem como
participar nas manifestações que se realizarão no Porto (10:30) e em Lisboa
(15:30), dando ainda maior expressão à greve pelos 6A 6M 23D, mas também pela
resolução dos outros problemas que afetam os docentes em exercício e estão na
base da crescente falta de professores nas escolas.
Posso fazer greve a todo e qualquer serviço que me seja atribuído em 6-6-23?
Sim, seja componente letiva, não letiva, provas de aferição, reuniões ou outra
atividade que esteja atribuída em 6-6-23.
Posso fazer greve, ainda que integre a direção de uma escola ou um agrupamento?
Sim e se toda a direção aderir à greve, compete ao docente mais antigo na escola
/ agrupamento que fure a greve assumir as funções de direção.
Os docentes contratados como técnicos especializados para desenvolverem
atividade docente podem fazer greve?
Sim, estão abrangidos e têm razões acrescidas para aderirem à greve.
Um colégio arbitral decretou serviços mínimos para greve convocada por outra
organização o período compreendido entre 5 e 9 de junho. Tais serviços mínimos
compreendem a realização das reuniões de avaliação do 12.º ano. Estes serviços
mínimos aplicam-se ao dia 6-6-23?
A atividade letiva dos 9.º, 11.º e 12.º anos termina a 7 de junho. Como dia 8 é
feriado, as reuniões de avaliação de 12.º ano só deverão iniciar-se a 9,
portanto, estes serviços mínimos só terão aplicação, por enquanto, para outra
greve, que não a convocada pela convergência de 9 organizações, e só deverá
produzir efeitos em 9 de junho.
Na minha escola há reuniões de avaliação de 12.º ano, e não só, a 6, e em outras
também a 5 ou a 7. Nesse caso, os serviços mínimos aplicam-se às reuniões de
12.º ano?
Segundo o despacho de calendário escolar, as avaliações de final de período não
podem prejudicar o normal desenvolvimento de atividades letivas e estas só
terminam em 7 de junho. Assim, a realizarem-se reuniões antes de 9, elas teriam
lugar para além dos limites legais do horário dos docentes, o que seria ilegal.
Nestes casos, as escolas deverão reorganizar o calendário de reuniões.
Se, na sequência de pré-aviso de greve às reuniões de avaliação, vierem a ser
decretados serviços mínimos, podem ser convocados todos os docentes do conselho
de turma?
Não, isso seria ilegal, pois estaríamos perante serviço habitual e não mínimos,
e poria em causa o direito à greve. Num caso destes, como os sindicatos não
indicarão docentes para a concretização dos serviços mínimos, pois consideram
que as reuniões de avaliação não constituem uma necessidade social impreterível,
caberá à entidade empregadora, que deverá delegar nos diretores, elaborar listas
nominais de quem terá de cumprir os serviços mínimos.
Então quantos docentes por conselho de turma, nesse caso, poderiam ser
convocados?
Apenas os suficientes para que a reunião se realize e não mais do que esses,
sendo isso que o ME vem requerendo junto dos colégios arbitrais. Por exemplo, se
o conselho de turma tiver 9 docentes, o diretor não poderá indicar mais do que 5
e se no momento da reunião nem todos forem necessários para que exista quórum,
alguns dos indicados poderão fazer greve, visto que o serviço normal já assegura
a realização da reunião.
E é legal o lançamento de notas antes da realização das reuniões de conselho de
turma?
Apenas se houver uma ordem de serviço que notifique os professores nesse
sentido. Ainda assim, as classificações só se tornarão definitivas após a
realização da reunião do conselho de turma.
Mas, portanto, para 6-6-23 não há serviços mínimos, certo?
Certíssimo! Para nenhuma das atividades dos docentes a realizar neste dia há
serviços mínimos. Quanto aos pré-avisos entregues por ASPL, FENPROF, FNE,
PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU, com incidência nas avaliações a
partir de 9 de junho (inicialmente para os 9.º, 11.º e 12.º anos, mas
alargando-se aos restantes níveis e graus de ensino a partir de 15 de junho e de
3 de julho) e às provas de 9.º ano e exames do secundário a partir de 19 de
junho, ainda não há qualquer decisão dos colégios arbitrais.
6-6-23
GREVE E MANIFESTAÇÕES DOS PROFESSORES E DOS EDUCADORES
Uma data irrepetível, com forte carga simbólica
para os docentes. São muitos os motivos para que a luta prossiga forte, mas
6-6-23 corresponde ao tempo de serviço que os professores cumpriram e que o
governo se apropriou. É justo e legítimo os docentes lutarem pelo que é seu,
reclamando o tempo de serviço, bem como o fim de vagas e quotas e a resolução de
outros problemas que os afetam.
C
OMUNICADO
- 01.06.2023
Organizações sindicais anunciam continuação da
luta
dia 6-6-23
Greve sem serviços mínimos
Manifestações no Porto e em Lisboa
É muito importante que no próximo dia 6 de junho
todos façamos greve e participemos nas manifestações do Porto e de Lisboa, para
aí afirmarmos que não paramos enquanto não nos forem devolvidos os 6 anos, 6
meses e 23 dias.
Neste dia de greve, vamos fechar as escolas e participar nas manifestações!
Continuação da luta após 6-6-23
Greves às avaliações finais e aos exames
As nove organizações sindicais (ASPL, FENPROF,
FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU) anunciam a continuação da
luta após 6-6-23, caso o Ministério da Educação mantenha a posição de
intransigência.
Vamos prosseguir a luta!
Lisboa, 31 de maio de 2023
A Direção Nacional
INFORMAÇÃO
- 30.05.2023
Organizações anunciam amanhã, em Coimbra, às 12:00
horas continuação da luta após 6-6-23, caso ME mantenha posição de
intransigência
Intransigência e desrespeito! Tem sido marcada,
assim, a atitude dos responsáveis do Ministério da Educação (ME) para com os
professores, as suas organizações representativas e as justíssimas
reivindicações que apresentam.
Da parte do ME, ao roubo de tempo de serviço, juntam-se outros roubos: de
proteção na doença, com o desumano regime de mobilidade por doença
[incapacitante]; de estabilidade para milhares de docentes desterrados a
centenas de quilómetros da sua área de residência; de exercício do direito à
greve, sendo cúmplice de procedimentos disciplinares instaurados por alguns
diretores contra professores que fizeram greve... porém, os professores não
deixarão que atentem contra a sua dignidade e que procurem minar as suas
capacidade e a necessidade de luta em defesa da Profissão e da Escola Pública.
Em 6-6-23 os professores voltarão à greve e às ruas, em luta, mas, desde já,
avisam não irão ficar por aí. A responsabilidade está do lado do Ministro da
Educação e do Governo a que pertence: não houve resposta às propostas das
organizações sindicais, designadamente à apresentada em 13 de março, p.p., sobre
tempo de serviço, vagas e quotas; não tem havido, bem pelo contrário, sinais de
abertura para, até 6-6-23, se chegar a um entendimento que permita normalizar a
vida nas escolas no final do ano letivo e no início do próximo; não há vontade
política, sequer, de, no necessário cumprimento da lei, despenalizar os docentes
que, em algumas escolas, foram alvo de procedimentos disciplinares porque...
fizeram greve.
Chegadas a este momento, as organizações sindicais de docentes estão empenhadas
na realização de um grande dia de luta em 6-6-23, mas também totalmente
disponíveis para continuarem a luta. Nesse sentido, reunirão em Coimbra
amanhã, dia 31 de maio, e, às 12:00 horas, tornarão públicas as ações e lutas
que se realizarão no final do ano letivo, coincidindo com atividade letiva e
outras tarefas de finalização do ano escolar.
Conferência de Imprensa
Coimbra, 31 de maio - 12:00 horas
EB 2.3 Rainha Santa Isabel
Lisboa, 30 de maio de 2023
As organizações sindicais
ASPL, FENPROF, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU
INFORMAÇÃO
- 30.05.2023
6-6-23
GREVE de Professores e MANIFESTAÇÕES
em Lisboa e no Porto
Inscreva-se nos transportes disponibilizados pelo SPLIU
O atual Governo, através do Senhor Ministro da
Educação, tem vindo sistematicamente a hostilizar os professores, persistindo,
obstinadamente, em não valorizar e dignificar a carreira docente.
Durante 14 meses de exercício de poder absoluto na política educativa, o Senhor
Ministro da Educação começou por "brindar" os docentes com a alteração das
regras para a MOBILIDADE por DOENÇA, criando um mecanismo obtuso e
tremendamente injusto, não dando resposta a muitas situações de professores com
doenças muito graves. Depois, em agosto, o Senhor Ministro chamou os Sindicatos
ao ME, porque constatando o Governo que não tinha docentes profissionalizados em
número suficiente para suprir a FALTA de PROFESSORES em vários grupos de
recrutamento e em diversas zonas do País, havia que recrutar licenciados ou
mestres em outras áreas para taparem os buracos de turmas sem aulas! Em setembro
decidiu o Senhor Ministro iniciar um processo negocial sobre a revisão e
alteração do modelo dos CONCURSOS DE PROFESSORES, com uma proposta de
partida dantesca. Ao dar-se conta da contestação enérgica dos Sindicatos, o
titular da pasta retrocedeu em alguns aspetos, mantendo-se intransigente em não
alterar meia dúzia de regras inaceitáveis pelo SPLIU. Como consequência dessa
tomada de posição inflexível não houve acordo, tendo o Senhor Presidente da
República promulgado o DL sob o argumento da necessidade de vincular cerca de
10.700 professores, mas, expressando algumas reservas e deixando alguns avisos
ao Governo. Recusando sistematicamente a RECUPERAÇÃO INTEGRAL do TEMPO de
SERVIÇO CONGELADO, o ME inventou um modelo de correção de assimetrias na
progressão dos docentes na carreira, que posteriormente intitulou de acelerador
de progressão na carreira, através de um mecanismo gerador de mais e maiores
assimetrias, e de grandes injustiças, porque não sendo universal na sua
aplicação, coloca em causa o princípio constitucional da igualdade. O projeto de
DL não teve o acordo de nenhum Sindicato, mas o Conselho de Ministros já o
aprovou, encontrando-se agora sob o arbítrio do Senhor Presidente da República,
que irá decidir se promulga, ou não, o mesmo.
As afrontas deste Governo aos professores têm sido muitas, não se vislumbrando
nenhuma medida tendente a resolver os muitos problemas que afetam o exercício da
docência.
Por tudo isto, os PROFESSORES depois de uma intensa LUTA iniciada
em outubro, NÃO PODEM AGORA PARAR nos protestos contra este Ministro da
Educação e o respetivo Governo.
Deste modo, por ser simbólica a data (6-6-23), exatamente o tempo de
serviço que o Governo deve a todos os professores (6 anos, 6 meses e 23 dias),
decidiu a plataforma de nove Sindicatos avançar com uma GREVE e duas
grandes MANIFESTAÇÕES, no Porto (período da manhã) e em
Lisboa (período da tarde), numa data que deverá ser histórica da
LUTA dos PROFESSORES por mais e melhores condições no exercício da sua
profissão.
TODOS, seremos poucos para manifestarmos o nosso descontentamento e
protesto ao Governo, pela forma como este tem tratado os Educadores e
Professores. Por isso, NENHUM DOCENTE PODERÁ FALTAR NESTA IMPORTANTÍSSIMA
JORNADA DE LUTA.
Contamos consigo!... O SPLIU disponibilizará transportes para a deslocação às
MANIFESTAÇÕES no Porto e em Lisboa, consoante as regiões do País.
Caravana "Pela Profissão Docente e pela Escola
Pública"
percorre EN2
Consulte os comunicados diários relativos ao percurso da
Caravana "Pela Profissão Docente e pela Escola Pública", assim como
algumas imagens de momentos mais marcantes.
Tribunal da Relação de Lisboa dá razão às
organizações sindicais sobre ilegalidade dos serviços mínimos nas greves de 2 e
3 de março
O acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa
considerou ilegais os serviços mínimos decretados para as greves de 2 e 3 de
março, dando razão às nove organizações sindicais que recorreram da decisão do
tribunal arbitral.
Conclusão do acórdão:
"
O direito à greve só pode ser sacrificado no mínimo indispensável;
A imposição de serviços mínimos no setor da educação cinge-se às atividades de
avaliações finais, de exames ou provas de caráter nacional que tenham de se
realizar na mesma data em todo o território nacional;
Não verificado este circunstancialismo, é ilegal a fixação de serviços mínimos."
Lisboa, 18 de maio de 2023
A Direção Nacional
C
OMUNICADO
- 18.05.2023
A aprovação pelo Governo do DL da putativa
correção de assimetrias de progressão na carreira recrudesce luta dos
professores
A notícia que o Governo terá aprovado hoje, dia
18 de maio, em Conselho de Ministros, o decreto-lei sobre a putativa correção
das assimetrias da progressão na carreira docente, irá contribuir para
recrudescer a luta dos professores contra um Governo que insiste em hostilizar
esta classe profissional, recusando sistematicamente em valorizar a mesma, numa
conjuntura de enorme fragilidade do sistema educativo.
O Decreto-Lei, tal como o SPLIU o conhece, não
corrige assimetrias, antes pelo contrário, considera esta estrutura sindical
independente que acrescenta assimetrias, desvios, erros e omissões, colocando
decisivamente em causa o princípio constitucional da igualdade, pelo tratamento
desigual de casos exatamente iguais num Estado de Direito Democrático, pois
todos os professores, sem exceção, perderam exatamente o mesmo tempo de serviço
durante os dois períodos de congelamento das carreiras.
Ler mais
C
OMUNICADO
- 15.05.2023
Recuperação do tempo de serviço congelado
ME manteve-se inflexível na negociação suplementar
Na reunião de negociação suplementar realizada
hoje, dia 15 de maio, pelas 17h00, o Senhor Ministro da Educação manteve-se
inflexível na posição intransigente que o Governo tem evidenciado, negando uma
vez mais a recuperação do tempo de serviço congelado que falta devolver aos
professores.
O ME insistiu na sua tese de correção das
assimetrias da contabilização do tempo de serviço, através do seu acelerador de
progressão na carreira, não abrangente a todos os professores, ficando
comprometido dessa forma, o princípio constitucional de igualdade.
O SPLIU manifestou-se novamente contra o modelo
conceptual apresentado pelo ME para o efeito em apreço, reiterando a proposta
apresentada pelas nove organizações sindicais relativamente à recuperação
faseada do tempo de serviço congelado em falta - 6 anos, 6 meses e 23 dias.
O SPLIU abordou ainda entre outros assuntos, a
mobilidade por doença, quer quanto à forma como estão a ser realizadas as Juntas
Médicas, como também em relação à necessária alteração das regras introduzidas
pela última versão do respetivo despacho.
Dadas as circunstâncias, compete aos professores
continuarem a lutar de forma empenhada e determinada, na defesa das suas justas
reivindicações.
Lisboa, 15 de maio de 2023
Direção Nacional
C
OMUNICADO
- 15.05.2023
A luta continua, desta vez atravessando Portugal
de Norte a Sul
Caravana "Pela Profissão Docente e pela Escola Pública"
A Estrada Nacional 2 vai ser palco da próxima
ação que as organizações sindicais de docentes irão concretizar. Com saída de
Chaves a 22 de março e chegada a Faro no dia 30, a caravana terá sete etapas
plenas de contactos com a população, concentrações e plenários de professores,
entre outras atividades.
De carro, de moto ou de bicicleta, o grande painel móvel que consta do cartaz
anexo, será acompanhado por professores.
No próximo dia 17 de maio, quarta-feira, as organizações sindicais de docentes
apresentarão esta grande iniciativa que antecede a greve nacional e as
manifestações previstas para 6-6-23. Esta apresentação terá lugar, em
simultâneo, no marco de saída, em Chaves, e no de chegada, em Faro.
Conferência de Imprensa
17 de maio, 12:30 horas
Chaves - marco de saída da EN2
Faro - marco de chegada da EN2
Em chaves serão dadas as informações relevantes
sobre a primeira metade do percurso da caravana, com as informações sobre a
segunda parte a serem prestadas em Faro. Na Conferência de Imprensa será feito
um ponto de situação sobre a luta dos professores após a reunião no ME que se
realizará hoje, dia 15, num momento em que, para além do dia 6-6-23 se aproxima
o final do ano letivo e, com ele os períodos de avaliações finais e exames.
Lisboa, 15 de maio de 2023
As organizações sindicais
ASPL, FENPROF, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU
INFORMAÇÃO
- 13.05.2023
Greve à Componente Não Letiva de Estabelecimento (CNLE)
Informam-se os professores que devido a um
problema no envio e receção dos pré-avisos de Greve à CNLE, a mesma se encontra
suspensa entre os dias 15 e 18 de maio (inclusive), sendo retomada a partir do
dia 19 de maio.
Contudo, mantêm-se, sem qualquer interrupção, as
Greves ao Serviço Extraordinário e ao Sobretrabalho.
Lisboa, 13 de maio de 2023
A Direção Nacional
INFORMAÇÃO
- 12.05.2023
12 DE MAIO DE 2023
GREVES DISTRITAIS ENCERRAM EM LISBOA
INFORMAÇÃO
- 12.05.2023
Candidatura ao Concurso Externo/ Concurso Externo de Vinculação Dinâmica /
Contratação Inicial e Reserva de Recrutamento
Encontra-se disponível, entre os dias 12 e 18 de maio
(18h00 de Portugal continental), a aplicação
eletrónica para candidatura ao Concurso
Externo/ Concurso Externo de Vinculação Dinâmica/ Concurso de Contratação
Inicial e Reserva de Recrutamento, destinada a Educadores de Infância e
a Professores dos Ensinos Básico e Secundário. Estes concursos serão realizados
ao abrigo do Decreto-Lei
n.º 132/2012, de 27 de junho, na redação atual,
conjugado com os artigos 43.º e 54.º do Decreto-lei
n.º 32-A/2023, de 8 de maio.
Promulgação do DL
dos Concursos pelo Presidente da República acicata ainda mais o descontentamento
dos Professores e Educadores
A notícia
conhecida ontem, dia 8 de maio, sobre a promulgação, por parte do Senhor
Presidente da República, do Decreto-Lei nº 32-A/2023, de 8 de maio, relativo ao
novo regime de gestão e recrutamento do pessoal docente dos ensino básico e
secundário e de técnicos especializados para formação, constitui uma afronta à
classe docente, acicatando ainda mais o descontentamento dos professores, numa
conjuntura de evidente e indesmentível contestação em relação às posições de
recusa sistemática do Governo de reconhecer a necessidade de valorização e
dignificação da profissão docente.
Ler mais
a
sequência dos pedidos de negociação suplementar, o ME agendou reunião para o dia
15 de maio, às 17h00, com o SPLIU e as outras 8 organizações sindicais (ASPL,
FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP e SIPE), nas instalações do
Ministério da Educação sitas na Avª Infante Santo, nº 2, tendo a seguinte ordem
de trabalhos:
1 - Acelerador da Progressão
Nesta reunião, o SPLIU irá, uma vez mais,
reafirmar o seu desacordo em relação à proposta apresentada pelo ME porque esta
não corrige assimetrias, não elimina injustiças e exclui milhares de docentes.
Defenderá a proposta que subscreveu, em conjunto com as outras 8 organizações
sindicais, enviada ao ME em 13 de março, na qual se propõe a contagem integral
do tempo de serviço.
Voltará a insistir que urge calendarizar outras reuniões de negociação sindical
sobre matérias essenciais que visam a valorização da profissão docente.
Lisboa, 08 de maio de 2023
A Direção Nacional
C
OMUNICADO
- 21.04.2023
Regularização das assimetrias na progressão na carreira docente
Divergência conceptual impede entendimento entre o SPLIU e o ME
O SPLIU reafirmou, em reunião realizada, hoje,
dia 20 de abril, pelas 17 horas, com o Senhor Ministro da Educação, a sua
divergência conceptual sobre o modelo formulado pelo Governo para a dita
"regularização das assimetrias na progressão na carreira docente".
E, a não concordância com o anteprojeto de DL por parte do SPLIU, apesar de
algumas escassas novidades anunciadas pelo ME, consubstanciadas, nomeadamente,
com a inclusão dos professores que perderam tempo de serviço por motivo de
doença durante os períodos de congelamento das carreiras, com a inclusão dos
docentes que prestaram tempo de serviço em instituições com contrato de
associação que sofreram os efeitos dos congelamentos, e os professores
contratados cujos contratos tenham cessado imediatamente a seguir às avaliações,
é sustentada na evidência que o modelo desenhado pela tutela acrescenta
assimetrias, gera arbitrariedades, provoca injustiças e não recupera, de facto,
o tempo de serviço subtraído aos professores para progressão na carreira durante
os dois períodos de congelamento.
Considera o SPLIU, que não sendo aplicada por parte do ME a recuperação
universal do tempo de serviço a todos os professores que sofreram a perda de
tempo de serviço durante os períodos de congelamento da carreira, que o
princípio da igualdade consagrado na Constituição Portuguesa estará colocado em
causa.
Assinala-se que a matéria relacionada com a monodocência não foi abordada nesta
reunião, pelo facto de o ME ainda não ter concluído a proposta a apresentar aos
Sindicatos, motivo pelo qual irá ser convocada nova reunião para o efeito.
O SPLIU continuará a pugnar, em sede negocial, e a lutar em várias instâncias,
pelos direitos dos professores e a valorização da sua carreira profissional.
Lisboa, 20 de abril de 2023
A Direção Nacional
C
OMUNICADO
- 15.04.2023
Organizações sindicais de docentes apelam ao
Presidente da República para que não promulgue o diploma de concursos
Concursos, carreira, MpD, aposentação ou condições de trabalho são motivos que
levarão professores a prosseguir a luta
As organizações sindicais de docentes apelaram
ontem ao Senhor Presidente da República para que não promulgue o diploma de
concursos, devolvendo-o ao governo para que volte à mesa das negociações e sejam
corrigidos os aspetos lesivos dos docentes e das escolas que impediram o acordo
negocial.
A não promulgação deste Decreto-Lei não inviabilizará a vinculação de 10 700
docentes contratados, nem a eliminação da discriminação salarial daqueles que se
mantiverem com contrato a termo. Há 2000 docentes que vincularão pela norma
travão; para os restantes 8700, basta que seja negociado um diploma que
estabeleça as regras de um concurso de vinculação extraordinário e que o mesmo
contenha uma disposição relativa à questão salarial, sendo dessa forma
respeitada, por transposição correta, a Diretiva Comunitária 70/CE/1999. As
organizações sindicais estão disponíveis para avançarem com esse processo
negocial.
Entretanto, sobre a carreira docente, as organizações sindicais confirmaram as
suas piores expetativas na reunião técnica realizada no passado dia 13, na qual
ficou claro que não será recuperado um só dia dos que estão em falta, as
chamadas dispensas de vaga excluem mais do que abrangem docentes e as
assimetrias existentes na carreira não são corrigidas.
Tendo sido marcada nova ronda negocial para 20 de abril a partir das 17:00
horas, as organizações sindicais insistirão na contagem integral do tempo de
serviço, na eliminação das vagas, mas também na revisão do desumano regime de
Mobilidade por Doença, na eliminação da burocracia, num novo regime reduções de
componente letiva na monodocência, na pré-reforma e aposentação dos docentes, na
paridade com topo da carreira técnica superior e na negociação de um despacho
sobre organização do próximo ano letivo, que deverá eliminar abusos e
ilegalidades no horário de trabalho, bem como clarificar o conteúdo das
componentes letiva e não letiva desse mesmo horário.
No atual contexto e sem que o governo tome as medidas adequadas face às justas
reivindicações dos professores, não os respeitando e mantendo desvalorizada a
profissão, as organizações sindicais de docentes reafirmam a importância da
greve nacional por distritos que se iniciará na próxima segunda-feira, dia 17,
no distrito do Porto. O apelo aos professores e aos educadores é que ao meio-dia
termine toda a atividade docente nas escolas, letiva e não letiva. Esta greve
não tem serviços mínimos e se outras tiverem eles serão acomodados no período
anterior ao início da greve;
Por norma, às 15:00 horas, os professores concentrar-se-ão em grandes praças da
respetiva capital de distrito, como já fizeram anteriormente. Na primeira semana
estas concentrações, algumas seguidas ou antecedidas de desfile, serão na Praça
D. João I, no Porto; no Rossio, em Viseu; na Avenida Carvalho Araújo, em Vila
Real; no Largo da Estação, em Viana do Castelo; no Largo da Estação, em Setúbal.
Lisboa, 15 de abril de 2023
As Organizações Sindicais de Docentes
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU
C
OMUNICADO
- 14.04.2023
REUNIÃO TÉCNICA SOBRE O PROJETO
DO ME PARA A CARREIRA DOCENTE
Sindicatos mais preocupados após esclarecimentos prestados pela equipa técnica
do ME
As organizações sindicais de docentes participaram no dia 13 de abril, numa
reunião de caráter técnico em torno do anteprojeto de Decreto-lei do ME relativo
à carreira. Apesar da natureza da reunião, as organizações sindicais fizeram
questão de reafirmar que só se eliminarão as assimetrias que ferem a carreira
docente com a contagem integral do tempo de serviço cumprido e a eliminação de
vagas e quotas. Da parte da delegação ministerial foi assumido não estar a ser
recuperado qualquer tempo de serviço, o que é lamentável e motivo para que se
mantenha a forte luta dos professores.
Foram muitos os pedidos de esclarecimento apresentados pelas organizações desta
plataforma sindical; as respostas obtidas não deixaram dúvidas: a proposta do ME
é ainda mais gravosa, excludente e injusta do que se julgava. Seguramente, o
número de docentes abrangido pelas medidas alegadamente destinadas a corrigir
assimetrias decorrentes dos períodos de congelamento é muito menor do que aquele
que tem sido adiantado pelo Ministro da Educação.
Causa forte indignação e protesto que seja excluído destas medidas quem:
Entrou na profissão nos últimos
17 anos ou, tendo entrado até 2005/2006, inclusive, não cumpriu em pleno os
3411 dias de congelamento;
Não cumpriu plenamente os 3411
dias de congelamento, embora para efeitos de carreira o Governo recuse
contar 2393 desses dias;
Trabalhou 3409 dias dos 3411
congelados em horário completo, mas em 30 e 31 de agosto de 2005 não tinha
horário completo;
Não trabalhou na rede pública
do ME em 30 e 31 de agosto de 2005, o que significa que para serem
abrangidos os docentes terão de ter sido colocados em 2004/2005 e não apenas
em 2005/2006;
Durante o primeiro período de
congelamento (30 de agosto de 2005 a 31 de dezembro de 2007) esteve doente
durante mais de 30 dias;
Cumpriu os períodos de
congelamento fora dos estabelecimentos da rede pública do ME, embora para
efeitos de recuperação dos 2 anos, 9 meses e 18 dias esse tempo tivesse sido
considerado;
Trabalhou os 3411 dias de
congelamento, embora nem sempre em horários completos;
Cumpriu serviço nos períodos de
congelamento nas Regiões Autónomas, no EPE, em estabelecimentos de outros
ministérios, na Casa Pia, em IPSS, em Misericórdias ou no ensino particular
e cooperativo.
Causa forte indignação e protesto
que o ME recuse recuperar:
O tempo de serviço perdido
pelos docentes que, embora não tendo integrado as listas de espera, perderam
até 11 meses para progredirem ao 5.º ou 7.º escalão;
O tempo de que muitos docentes
prescindiram, para efeitos de carreira – tranches dos 2A 9M 18D ou múltiplos
de 365 dias, no caso dos contratados – tentando, assim, subir de posição no
acesso a vaga (lembra-se que quem não usou desse tempo não só o recuperou,
como recuperará o tempo que esperou na lista);
Quanto aos docentes que irão
dispensar de vaga, o mecanismo proposto pelo ME não permite a progressão no
mês seguinte ao do cumprimento dos demais requisitos, isentando-os de vaga,
mas obriga-os a aguardar por janeiro do ano seguinte, fazendo-os perder mais
tempo de serviço. Ser-lhes-á atribuída uma vaga adicional às que serão
criadas para os professores avaliados de Bom, mas não abrangidos pelo
diploma.
Em relação a quem já atingiu o topo
da carreira, com perdas de muitos anos ao longo do trajeto realizado, o projeto
do ME não prevê qualquer compensação.
Tendo, entretanto, sido marcada nova reunião negocial para 20 de abril, pelas
17:00 horas, a não haver uma profunda alteração das propostas do ME, ficando
garantida a recuperação plena do tempo de serviço cumprido pelos professores e a
eliminação das vagas e quotas, não haverá qualquer acordo com o ME, aumentando
os motivos que levam os professores à luta.
Lisboa, 14 de abril de 2023
As Organizações Sindicais de Docentes
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU
C
OMUNICADO
- 13.04.2023
Na reunião de caráter técnico o
ME “clarificou” a sua proposta do anteprojeto de Decreto-lei que vai criar mais
assimetrias e injustiças
(Nova reunião marcada para o dia
20 de abril)
O SPLIU esteve presente numa
reunião de caráter técnico que serviu para esclarecer alguns aspetos do
anteprojeto de DL que visa, segundo conceito do ME, regularizar assimetrias na
progressão na carreira dos docentes.
O SPLIU reafirma que este anteprojeto de DL não corrige assimetrias e não
elimina injustiças e que, pelo contrário, vai trazer mais injustiças, provocar
mais assimetrias e excluir milhares de docentes.
Este anteprojeto de DL não prevê a contabilização da recuperação de qualquer
tempo de serviço congelado, apenas vai acelerar a progressão na carreira para
alguns docentes.
O SPLIU, na reunião marcada para o próximo dia 20 de abril, às 17h00, nas
instalações do Ministério da Educação, sitas na Av. Infante Santo, nº2, com dois
pontos na ordem de trabalhos: Acelerador da Progressão e Outros assuntos,
afirmará, uma vez mais, que só com a contagem integral do tempo de serviço
congelado e ainda não contabilizado se poderão regularizar as assimetrias
existentes.
A Luta vai prosseguir!
Lisboa, 13 de abril de 2023
A Direção Nacional
C
OMUNICADO
- 12.04.2023
Sindicatos de Professores em
reunião técnica no ME amanhã, 13 de abril, pelas 14:30 horas
No final promovem Conferência de
Imprensa
Conforme previsto, no dia 13, pelas 14:30 horas, as organizações sindicais de
docentes participarão numa reunião de caráter técnico em torno do anteprojeto de
Decreto-lei do ME relativo à carreira. Apesar da natureza desta reunião, as
organizações sindicais esforçar-se-ão por fazer ver à representação ministerial
que só há uma forma de eliminar as assimetrias existentes na carreira: contagem
integral do tempo de serviço, ainda que por um processo de recuperação faseado,
e eliminação de vagas e quotas.
No final desta reunião, ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP,
SIPE e SPLIU, em Conferência de Imprensa, divulgarão:
A posição que farão chegar ao Senhor Presidente da República relativamente
ao diploma de concursos;
A posição a levar à próxima ronda negocial sobre aspetos de carreira;
A exigência em relação à Mobilidade por Doença, bem como a outros processos
negociais que circulam em modo "pára-arranca", embora parem mais do que
arrancam;
Alguns aspetos relativos às greves distritais que se retomarão no próximo
dia 17, no Porto, prolongando-se até 12 de maio.
Lisboa, 12 de abril de 2023
As Organizações Sindicais de Docentes
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU
C
OMUNICADO
- 11.04.2023
Aposentação, em número crescente,
de docentes agravará falta de professores;
enquanto, processos negociais confirmam falta de vontade política para valorizar
a profissão docente
Dia 17 (segunda-feira) tem início nova ronda de greves distritais
Palavra de ordem será: A partir do meio-dia acabam as aulas! Há greve e não há
serviços mínimos
Mais de 1300 professores
aposentam-se nos primeiros meses do ano em curso, prevendo-se que mais de 3500
se aposentem em 2023. O problema não está na aposentação de tantos docentes,
pois esta saída era previsível, tratando-se de professores e educadores que
exercem funções há mais de 40 anos. O problema está nas saídas não previstas de
jovens da profissão e no facto de os cursos de formação de professores não
atraírem quem ingressa no ensino superior. Estes dois factos, associados à
aposentação anual de milhares de docentes, expetável no quadro de envelhecimento
a que os governos deixaram chegar o corpo docente, está a levar a uma gravíssima
crise de falta de professores profissionalizados nas escolas, a qual ainda se
agravará até final da década, caso as políticas governativas para o setor não se
alterem profundamente.
Só há uma forma de estancar a saída de precoce da profissão, recuperar os que já
saíram e atrair jovens para os cursos de formação: valorizar uma profissão que,
de forma crescente, tem perdido atratividade. Não é o que o Ministério da
Educação está a fazer. Pelo contrário, nas reuniões negociais em curso, as
propostas do ME não vão nesse sentido e só não se concretizam todas as intenções
manifestadas pelo ministro porque os professores têm mantido uma luta como há
muito não se verificava.
Confirma o que antes se afirma o facto de o ME ter encerrado, sem acordo, o
processo de revisão do regime de concursos para recrutamento e colocação de
docentes; o mesmo se pode dizer em relação ao processo relativo à carreira, que
está agora a decorrer. A proposta do ME não prevê a recuperação de um único dia
dos 2393 (6A 6M 23D) que estiveram congelados e ainda não foram recuperados,
como também não prevê eliminar as vagas para progressão aos 5.º e 7.º escalões,
limitando-se a apresentar uma proposta que, devido aos requisitos que
estabelece, exclui mais professores e educadores do que aqueles que abrange.
Os sindicatos de professores não se conformam com esta situação marcada por uma
postura ministerial que não respeita quem se encontra em funções, não atrai os
jovens para a profissão e, assim, põe em causa o futuro de uma Escola Pública
que se quer de qualidade. Por esta razão consideram que:
O diploma de concursos que
se encontra em apreciação na Presidência da República deverá merecer, de
novo, negociação sindical;
Se tal vier a acontecer,
isso não obstaculizará, no cumprimento da diretiva comunitária 70/CE/1999, a
vinculação de 10 700 docentes já em setembro próximo, nem o fim da
discriminação salarial de quem está contratado a termo;
A proposta apresentada pelo
ME sobre a carreira deverá evoluir para o fim das vagas para todos os
docentes, isto é, a eliminação daqueles obstáculos à progressão, e para o
reposicionamento de todos os docentes na carreira de acordo com a contagem
integral do tempo de serviço que cumpriram.
Relativamente a outros problemas
que têm estado presentes nas reuniões com o Ministério da Educação, as
organizações sindicais continuam a exigir a revisão da Mobilidade por Doença
ainda este ano letivo, a eliminação da burocracia e dos abusos e ilegalidades
nos horários de trabalho, a alteração do regime de reduções na monodocência, com
a definição do conteúdo funcional das componentes letiva e não letiva do
horário, ou a majoração da pensão e/ou despenalização da aposentação antecipada,
por opção, tendo em conta o tempo de serviço não recuperado.
A agenda do ME e do Governo não passa por resolver estes problemas e só a
continuação da luta dos professores a poderá alterar. É por essa razão que já a
partir de segunda-feira, dia 17 de abril, se iniciará uma nova ronda de greves
distritais, a partir das 12:00 horas, sem serviços mínimos.
As greves distritais realizadas em janeiro e fevereiro tiveram uma enorme
dimensão e nem a forma como os Ministério divulgou os dados a conseguiu
esconder. Tendo cada professor feito greve no dia correspondente ao seu
distrito, no final dos 18 dias úteis de greve foram na ordem dos 110 000
docentes os que fizeram greve. Este número decorre do facto de, só tendo acesso
aos números lançados pelas escolas na plataforma que criou, o ME reconheceu que
foram praticamente 86 500 os que fizeram greve em 70 a 90% das escolas e
agrupamentos (média de recolha diária), o que significa que no total, terão sido
na ordem dos 110 000, confirmando os níveis de adesão divulgados pelas
organizações sindicais.
Dia 17 de abril começa nova ronda de greves distritais, desta vez pelo distrito
do Porto, sendo indispensável manter os níveis de adesão já verificados em
greves anteriores, sob pena de o Governo fazer leituras políticas indesejáveis
aos justos objetivos dos professores e dos educadores. Ainda esta semana,
prevê-se a realização de uma reunião técnica no ME, sobre as questões relativas
à carreira docente.
Lisboa, 11 de abril de 2023
As Organizações Sindicais de
Docentes
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU
C
OMUNICADO
- 06.04.2023
Anteprojeto de DL sobre a
regularização das assimetrias na progressão na carreira não acautela a
recuperação universal do tempo de serviço perdido.
O SPLIU participou no dia 5 de
abril na segunda reunião negocial sobre a regularização das assimetrias na
progressão na carreira dos professores e educadores.
O SPLIU considera que o anteprojeto de DL apresentado pelo ME aos Sindicatos não
acautela a recuperação universal do tempo de serviço congelado que falta
devolver os professores e educadores.
Por outro lado, esta associação sindical independente entende que a proposta
apresentada pelo ME irá ter um efeito perverso no agravamento das desigualdades
na recuperação do tempo de serviço, potenciando as assimetrias que se verificam
na progressão na carreira dos professores e educadores.
Em síntese, o SPLIU considera que a proposta do ME é tendencionalmente
divisionista e redutora em relação à necessária recuperação do tempo de serviço
que falta ainda recuperar e reafirmou que a única forma de corrigir estas
assimetrias é a contagem integral do tempo de serviço.
Como o documento apresentado pelo ME é muito pouco claro em muitas das soluções
que apresenta, o SPLIU e as outras organizações sindicais apresentaram questões
e pedidos de esclarecimento.
Para responder às questões apresentadas e aos pedidos de esclarecimento, ficaram
já previstas mais duas reuniões para as próximas semanas, uma reunião técnica e
mais uma reunião negocial.
Para além das questões relacionadas com o anteprojeto de DL, o SPLIU insistiu na
necessidade de revisão do regime de mobilidade por doença.
De salientar que os professores não vão desistir de lutar enquanto não
recuperarem o tempo de serviço que trabalharam e a que têm direito e por isso já
no próximo dia 17 de abril terá início a greve por distritos com início no Porto
e que percorrerá o país até dia 12 de maio.
Lisboa, 6 de abril de 2023
A Direção Nacional do SPLIU
C
OMUNICADO
- 04.04.2023
SPLIU RECEBE DOCUMENTAÇÃO DO ME PARA APRECIAÇÃO NA REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO
SINDICAL
“Correção dos efeitos
assimétricos internos à carreira docente, decorrentes do período de
congelamento”
O SPLIU recebeu hoje, dia 4 de
abril, “documentação para apreciação na reunião de amanhã”, dia 5 de abril, nas
instalações do Ministério da Educação, sitas na Av. Infante Santo, nº 2, às 15
horas, onde estarão presentes as seguintes organizações sindicais: ASPL, FENPROF,
FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, FEPECI/SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU.
Sendo esta reunião de extrema importância , o SPLIU defenderá, mais uma vez, a
contagem integral do tempo de serviço, o fim das vagas para progressão aos 5.º e
7.º escalões, a eliminação das quotas na avaliação e a possibilidade de
utilização do tempo a recuperar para a aposentação.
SPLIU MARCOU PRESENÇA EM REUNIÕES
COM O PCP, O CHEGA E O PSD
O SPLIU marcou presença, no dia
4 de abril de 2023, em reuniões solicitadas pelas 9 estruturas sindicais (ASPL,
FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU), onde foi
recebido por representantes das direções dos respetivos partidos políticos, aos
quais foram explicitadas as principais reivindicações da classe docente e
apresentados os motivos para a manutenção da luta dos professores.
Em véspera de nova reunião negocial, designadamente sobre a recuperação do tempo
de serviço, as organizações informaram que foi desenhada uma proposta conjunta,
faseada, para a recuperação total dos 6 anos, 6 meses e 23 dias, e que foi
apresentada ao ME a qual, a ser considerada, resolveria esta questão. Referiu-se
que a proposta apresentada pelo ME é para uma Recuperação Zero. Por esse motivo,
ainda, não se vislumbra a possibilidade de um acordo entre o governo e os
sindicatos.
Quanto ao novo regime de gestão e recrutamento de professores, referiu-se que
foi a persistente luta dos professores que fez com que houvesse alguns avanços,
mas que foi impossível chegar a acordo porque algumas das “linhas vermelhas”
traçadas não conseguiram ser ultrapassadas.
Foi referida a continuidade de limitações impostas pelo Ministério da Educação
sobre o direito à greve, tendo as organizações sindicais informado das
diligências já efetuadas sobre este assunto designadamente a apresentação de
queixa à OIT (Organização Internacional do Trabalho), à PGR (Procuradoria-Geral
da República) e à Representação da Comissão Europeia em Portugal.
Também foi salientada a recomendação da Srª Provedora de Justiça, ao propor a
aprovação de um novo regime de proteção e mobilidade na doença, para substituir
o regime “insuficiente” que está em vigor.
As organizações sindicais comunicaram, também, as próximas formas de luta que já
estão agilizadas no tempo e no espaço.
Os representantes das direções dos respetivos partidos políticos agradeceram as
informações prestadas pelas 9 organizações sindicais.
Lisboa, 4 de abril de 2023
A Direção Nacional
C
OMUNICADO
- 31.03.2023
Ministério da Educação convoca
reunião negocial para as 15:00 horas de dia 5, desmantelando a mesa única
As organizações sindicais ASPL,
FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU foram convocadas
para reunião a realizar no próximo dia 5 de abril, às 15:00 horas. Para esta
reunião, a segunda do processo negocial, o Ministério da Educação decidiu
desmantelar a mesa negocial única que reuniu em 22 de março. Nessa altura, o ME
informou ser sua intenção voltar ao formato de 4 mesas negociais, tendo estas 9
organizações requerido a manutenção da mesa única. Ficou a saber-se que o ME
constituiu uma mesa com as 9 organizações, tendo constituído outra mesa com as
demais 3 (SIPPEB, SNPL e STOP). Fica sem se saber se tal decorreu de pedido
daquelas organizações ou de decisão arbitrária do ME.
A reunião negocial de dia 5, que é convocada sem respeito pelos 5 dias úteis que
a lei impõe, terá como único ponto em agenda a alegada correção de assimetrias
na carreira decorrentes dos períodos de congelamento. Para as organizações
sindicais de docentes, as assimetrias existentes na carreira não decorrem dos
períodos de congelamento, mas das políticas de desvalorização da profissão
docente que têm vindo a ser desenvolvidas pelos diversos governos, sobretudo
desde 2007.
Nesta reunião, as organizações defenderão a única posição que poderá repor a
justiça na carreira e na profissão: a contagem integral do tempo de serviço,
incluindo o tempo perdido entre as transições de carreira, nomeadamente em 2007
e em 2010. Estão abertas a negociar um período de faseamento para garantir esta
contagem integral do tempo cumprido pelos docentes e pretendem que, por opção,
os docentes possam usar o tempo não contado para despenalizar a antecipação da
aposentação ou majorar o valor da pensão. O que não aceitarão é que o ME avance
com uma proposta que não recupera um só dia dos que estiveram congelados e
continuam por recuperar.
Lisboa, 31 de março de 2023
As organizações sindicais
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU
COMUNICADO
- 31.03.2023
SPLIU RECEBE CONFIRMAÇÂO DO
AGENDAMENTO DA REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO SINDICAL COM O ME
“Apresentação de proposta de
correção dos efeitos assimétricos internos à carreira docente, decorrentes do
período de congelamento”
O SPLIU recebeu hoje, dia 31 de
março, e-mail a confirmar o agendamento da reunião de negociação sindical para o
próximo dia 5 de abril, nas instalações do Ministério da Educação, sitas na Av.
Infante Santo, nº 2, às 15 horas, onde estarão presentes as seguintes
organizações sindicais: ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, FEPECI/SINAPE,
SINDEP, SIPE e SPLIU.
Pelo mencionado em assunto no e-mail recebido do ME, parece que esta reunião só
servirá para a “Apresentação de proposta de correção dos efeitos assimétricos
internos à carreira docente, decorrentes do período de congelamento”.
Sendo esta reunião de extrema importância para os professores e educadores, o
SPLIU insistirá, mais uma vez, na recuperação integral do tempo de serviço.
Lisboa, 31 de março de 2023
A Direção Nacional
COMUNICADO
- 30.03.2023
SPLIU MARCOU PRESENÇA NA REUNIÃO
COM O BLOCO DE ESQUERDA
30 de março de 2023 – 10h na
Assembleia da República
O SPLIU marcou presença, no dia
30 de março de 2023, pelas 10h, na reunião solicitada pelas 9 estruturas
sindicais (ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU),
onde foi recebido pela Coordenadora do BE Catarina Martins e pela Deputada Joana
Mortágua.
A reunião iniciou-se com a
fundamentação e explicitação das principais reivindicações da classe docente,
bem como das matérias que neste momento são preocupantes e geradoras de
instabilidade e incerteza nos professores.
Quanto ao novo regime de gestão
e recrutamento de professores, referiu-se que foi a persistente luta dos
professores que fez com que houvesse alguns avanços, mas que foi impossível
chegar a acordo porque algumas das “linhas vermelhas” traçadas não conseguiram
ser ultrapassadas.
Foi referida a continuidade de
limitações impostas pelo Ministério da Educação sobre os direitos à greve, tendo
as organizações sindicais informado o BE das diligências já efetuadas sobre este
assunto designadamente a apresentação de queixa à OIT (Organização Internacional
do Trabalho), à PGR (Procuradoria-Geral da República) e à Representação da
Comissão Europeia em Portugal.
De entre os assuntos que as
organizações consideram importantes e convergentes, salientaram a recuperação
total do tempo de serviço. As organizações informaram o BE que foi desenhada uma
proposta conjunta, faseada, para a recuperação total dos 6 anos, 6 meses e 23
dias, e que foi apresentada ao ME a qual, a ser considerada, resolveria esta
questão. As organizações sindicais afirmaram que a luta é para continuar e que
não abrirão mão desse tempo de serviço trabalhado e que ainda não foi
contabilizado.
Também foi alvo de atenção a
recente recomendação, ao Ministério da Educação, da Sra. Provedora de Justiça,
que defende a aprovação de um novo regime de mobilidade por doença, para
substituir o que está em vigor desde o início deste ano letivo e que o mesmo
contemple a possibilidade de adequar a carga letiva e as funções exercidas pelos
docentes, ao respetivo estado de saúde, para não gerar um tratamento
diferenciado não justificado.
As organizações sindicais
comunicaram, também, as próximas formas de luta que já estão agilizadas no tempo
e no espaço.
Catarina Martins e Joana
Mortágua tomaram de boa nota as informações prestadas pelas 9 organizações
sindicais, realçando que os professores estão a ser um bom exemplo de luta e que
o BE está solidário e comprometeu-se a continuar a apoiar esta luta histórica.
Lisboa, 30 de março de 2023
A Direção Nacional
COMUNICADO
- 29.03.2023
Face a ausência de acordo nos concursos e proposta ministerial de recuperação
zero
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU reafirmam
que a luta terá de continuar
Estamos aqui para falar da luta dos professores que terá de continuar e vai
continuar. Porquê?
Porque o ME fechou a
negociação do regime dos concursos sem eliminar todas as linhas vermelhas
identificadas pelos professores e, por isso, sem acordo das organizações
sindicais;
Porque o ME apresentou uma
proposta relativa à carreira docente, a que chamou acelerador, que em
relação à recuperação de tempo de serviço que esteve congelado e não foi
recuperado – 6A 6M 23D – é ZERO! E mesmo em relação ao que se propõe
resolver (promover algumas dispensas de vaga aos 5.º e 7.º escalões) exclui
a maioria dos professores e ao contrário do que anuncia não só não corrige
assimetrias, como provoca novas assimetrias entre docentes no seu
posicionamento na carreira;
Porque em relação a outras
matérias – eliminação da burocracia, regularização dos horários de trabalho,
monodocência, Mobilidade por doença, aposentação, só para dar alguns
exemplos – o Ministério continua sem qualquer proposta ou abertura para
discutir os problemas;
Porque, apesar da
complexidade do problema da recuperação do tempo de serviço, para o qual as
organizações sindicais ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP,
SIPE e SPLIU apresentaram uma proposta conjunta, concreta de recuperação
faseada, os governantes não só a ignoraram, como pretendem que o processo
negocial em que a mesma deveria ser discutida, a par da do ministério de
recuperação zero, seja despachado em apenas uma reunião, a realizar no
próximo dia 5 de abril;
Porque, com a imposição de
serviços mínimos a toda e qualquer greve dos professores, o Ministério está
a infernizar o dia a dia dos professores em muitas escolas e, nas escolas,
com as ameaças que são feitas aos professores – com injustificações de
faltas ou processos disciplinares – fazer greve está a tornar-se um ato de
coragem quando deveria ser um ato de liberdade, pois a greve é um direito
que no nosso país tem consagração constitucional.
Face a este quadro, que continua a ser atentatório dos direitos, desvalorizador
da profissão e desrespeitador da condição docente a luta vai continuar. Vai
continuar:
Com a possibilidade de, desde
segunda-feira, dia 27, mas, sobretudo, a partir de hoje, os professores
poderem fazer greve a toda a atividade a desenvolver nas escolas que não
seja a letiva e, em relação a esta, poderão fazer greve, se assim o
entenderem, ao último tempo de cada dia de trabalho;
Com a realização de uma nova
ronda de greves distritais, que se iniciará no primeiro dia de aulas após a
interrupção letiva da Páscoa. Será uma greve que começará em 17 de abril, no
distrito do Porto, e terminará em 12 de maio no de Lisboa. Pelo meio, a
greve percorrerá o país por ordem alfabética inversa, indo de Viseu até
Aveiro. Em todos os distritos, os professores serão convocados para se
concentrarem num local, eventualmente deslocando-se para outro. Em Coimbra,
por exemplo, em 4 de maio, encontrar-nos-emos aqui, na Praça da República, e
desfilaremos até à representação do Ministério da Educação na região centro:
a delegação regional da DGEstE;
Será uma greve diferente da
anterior, pois pretende-se evitar que o ME possa, como tem feito, requerer
serviços mínimos e, dessa forma, atrapalhar a sua realização, criar um clima
de intimidação nas escolas, impedir professores de fazer greve e gerar a
confusão nas escolas. Assim:
em vez de um pré-aviso de
greve para os 18 dias úteis ou de 18 pré-avisos, um por cada dia, serão
entregues 162 avisos prévios de greve, um por cada uma das 9
organizações, para cada um dos dias, apresentados em dias diferentes;
a greve terá início às
12:00 horas prolongando-se até final do dia, o que retira a
possibilidade de serem requeridos serviços mínimos, sob pena de a greve
estar a ser inviabilizada;
em cada distrito, às
12:00 horas, estejam os professores a desenvolver que atividade for, ela
deverá ser interrompida, os professores entrarão em greve e as escolas
deixarão de desenvolver toda e qualquer atividade;
cumpre-se, ainda, outro
objetivo que é o de, num processo de luta tão duro e prolongado, que tem
tido custos financeiros significativos para os professores, aliviar esse
custo sem, contudo, fazer baixar a dimensão do protesto e da luta;
Realizar a Greve Nacional em
6-6-23, data que coincide com o tempo de serviço que está a ser roubado aos
professores e que não é considerado na proposta de recuperação zero
apresentada pelo Ministério da Educação. O ME mudou para este dia a
realização de provas de aferição, mas sendo provas sem qualquer incidência
na avaliação dos alunos, que podem ser recalendarizadas e que não constituem
uma necessidade social impreterível, não há lugar a serviços mínimos;
Também em 6-6-23 voltar à
rua, com uma grande Manifestação Nacional. Sendo uma terça-feira e, por
isso, havendo aulas no dia seguinte, esta manifestação será descentralizada
em dois pontos: Lisboa e Porto, eventualmente de manhã no Porto e à tarde em
Lisboa, o que permitirá que o protesto de rua dos professores ocupe o dia
todo;
Manter em cima da mesa a
realização da greve às avaliações finais, dependendo mais da vontade do
governo e do Ministério da Educação do que dos professores chegarmos em luta
a esse momento.
Entretanto, foi também decidido:
Apelar aos professores que
marquem presença nas iniciativas que terão lugar em todo o país em 25 de
Abril e no 1.º de Maio e, nesses dias, seja distribuído um texto aos
portugueses e portuguesas sobre a importância da Educação de qualidade, o
papel da Escola Pública nesse sentido e a necessidade de continuarmos a ter
profissionais devidamente qualificados nas escolas;
Levar a exigência de
“Respeito pelos Professores e Valorização da Profissão” às comemorações do
Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas, em Peso da Régua no dia 10 de
junho;
Marcar presença na abertura
das Jornadas Mundiais da Juventude, em 1 de agosto, saudando os jovens
presentes e informando-os que também em Portugal a profissão de Professor
está a ser desvalorizada e a deixar de ser atrativa para os jovens, mas que
é para alterar essa situação que os professores lutam, dizendo-lhes que, se
gostam da profissão optem por ela e juntem-se à luta. As organizações
sindicais entrarão em contacto com a Associação de Professores Católicos
para articularem esta iniciativa.
É esta a luta que os professores e os educadores irão assumir e desenvolver até
verem solucionados os problemas que estão a desvalorizar a sua profissão, a
afastar os jovens e na origem da crescente falta de professores nas escolas.
Uma última palavra para os portugueses e as portuguesas que, como tem sido
público, concordam com a luta que os professores estão a desenvolver. Essa
solidariedade tem sido muito importante e tem dado mais força aos professores
para continuarem uma luta que é sua, mas não é corporativa. É pelo futuro da
Escola Pública e da Educação de qualidade para todas as crianças e jovens.
Coimbra, 29 de março de 2023
As organizações sindicais
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU
INFORMAÇÃO
- 27.03.2023
Greve por distritos durante 18
dias úteis, de 17 de abril a 12 de maio
Pré-avisos de greve começaram a ser apresentados hoje
Em Conferência de Imprensa, as
organizações sindicais darão a conhecer o formato desta nova ronda de greves por
distrito, bem como outras ações que serão levadas a efeito, devido à
indisponibilidade do ME para recuperar o tempo de serviço e tomar outras medidas
que os docentes reclamam.
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU, na
sequência da consulta que realizaram aos professores, convocaram nova ronda
distrital de greves. Começará em 17 de abril, para o distrito do Porto, e
prolongar-se-á até 12 de maio, para o de Lisboa. Entre estas datas a ordem será
a inversa à alfabética, adotada anteriormente. Esta nova ronda de greves não
será exatamente igual à anterior, terá novidades, sendo isso que, em Conferência
de Imprensa, as organizações sindicais irão divulgar.
Convidamos os órgãos de comunicação social a estarem presentes na
CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
29 de março (4.ª feira), 11:00 horas
Coimbra, Praça da República
Para além das greves distritais
e de outras formas de luta já anunciadas, as organizações sindicais darão a
conhecer outras ações que poderão vir a ser concretizadas até final do ano
escolar.
Lisboa, 27 de março de 2023
As organizações sindicais
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU
C
OMUNICADO
- 27.03.2023
Prosseguindo a sanha
antidemocrática que tem levado o ME a violar o direito à greve, desta vez a
intenção era impedir que as greves anunciadas para esta semana se iniciassem
hoje
As greves ao “sobretrabalho”,
serviço extraordinário, componente não letiva de estabelecimento e ao último
tempo letivo de cada docente têm avisos prévios para se iniciarem a partir de
hoje, 27 de março. O Ministério da Educação, em mais uma prova de intolerância
face à luta dos professores, veio considerar que os pré-avisos para os dias 27 e
28 não tinham sido apresentados com 10 dias úteis de antecedência, como se estas
greves incidissem sobre atividades consideradas necessidades sociais
impreteríveis. Ainda que assim fosse, o dia 28 respeitava aquele período,
contudo, de acordo com o disposto na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas,
em Educação só é considerada necessidade social impreterível a “realização de
avaliações finais, de exames ou provas de caráter nacional que tenham de se
realizar na mesma data em todo o território nacional”, conforme estabelece o
artigo 397.º, na alínea d) do seu número 2. Como tal, de acordo com o disposto
no número 1 do artigo 396.º da já citada Lei, para qualquer outra atividade,
apenas são necessários 5 dias úteis de antecedência para a apresentação de
pré-avisos de greve.
De mais esta grave violação do direito à greve por parte do Ministério da
Educação, perpetrada pelo chefe de gabinete do Ministro, as organizações
sindicais de docentes já apresentaram queixa junto da Procuradoria-Geral da
República.
Para além das queixas que têm sido apresentadas na PGR por ilegalidades
cometidas pelo Ministério da Educação e em algumas escolas, também já avançou
uma queixa no Tribunal da Relação de Lisboa contra os serviços mínimos
decretados para as greves de 2 e 3 de março, p.p.. Para além do recurso à
justiça para fazer valer o direito à greve, direito fundamental consagrado na
Constituição da República e em leis de valor reforçado, como o Código de
Trabalho e a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, as organizações
sindicais de docentes também apresentaram queixa junto da Representação em
Lisboa da Comissão Europeia, bem como do Escritório em Lisboa da OIT.
Neste último caso e em relação a serviços mínimos, recorda-se que a Organização
Internacional do Trabalho aprovou, na 69.ª Sessão da Conferência Internacional
do Trabalho, realizada em 1983: “Para que tal medida seja aceitável, o serviço
mínimo deve ser restrito a operações que são estritamente necessárias para
evitar colocar em risco a vida, a segurança pessoal ou saúde de toda ou parte da
população”. Como é evidente, greves ao “sobretrabalho”, serviço extraordinário,
componente não letiva de estabelecimento e ao último tempo letivo de cada
docente não põem em risco a vida, a segurança pessoal ou a saúde de toda ou
parte da população.
As organizações sindicais de docentes, embora tendo recomendado o início destas
greves para dia 29, não revogaram os pré-avisos para dias 27 e 28 de março, não
sendo as atitudes antidemocráticas dos responsáveis do Ministério da Educação
que os revogam, pelo que não deixarão de o considerar na defesa dos seus
associados.
Lisboa, 27 de março de 2023
As organizações sindicais
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU
C
OMUNICADO
- 25.03.2023
PELO DIREITO À GREVE E À
LIBERDADE SINDICAL
A defesa do direito à greve e à
liberdade sindical é causa maior para nós, tanto em Portugal e nas instituições
nacionais como nas europeias.
No seguimento da reunião
realizada, no dia 22 de março, com a Representação da Comissão Europeia, as
organizações sindicais de professores ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU,
SINAPE, SINDEP, SPLIU e SIPE, enviaram ontem, para este organismo europeu:
o Recurso de Apelação
entrado no Tribunal da Relação de Lisboa, Processo n.º 9/2023/DRCT-ASM, em
relação ao Acórdão do Tribunal Arbitral, proferido a 27 de fevereiro de
2023, sobre a determinação de serviços mínimos na educação;
a Queixa enviada à OIT sobre
as limitações impostas ao direito à greve no setor da educação, de 23 de
março de 2023;
a Queixa remetida à PGR por
procedimento atentatório do direito à greve e ameaça às organizações
sindicais;
o Ofício FP 062/2023, de
20/03/2023, dirigido ao Secretário de Estado da Educação, solicitando
informação relevante para o desenvolvimento da atividade sindical.
O envio desta documentação foi
feita a pedido da representação da Comissão Europeia, para análise e exercício
das competências que lhe estão atribuídas. São quatro documentos que espelham as
limitações impostas pelo ministério da educação no direito à greve e no direito
ao exercício da atividade sindical, colocando em causa direitos, liberdades e
garantias fundamentais consagradas na legislação nacional e em convenções
europeias, designadamente o previsto no art.º 28.º da Carta Social Europeia
Revista.
Na reunião de 22 de março aproveitamos, também, para abordar o abuso da
contratação a termo e discriminação salarial dos professores contratados.
Assumimos o compromisso de, logo que publicada a legislação sobre o regime de
seleção e recrutamento docente, damos nota das situações de abuso da contratação
a termo e da discriminação salarial que se mantenham, uma vez que as diretivas
comunitárias, no caso a Diretiva 70/CE/1999, são para transcrever na íntegra e
não em parte. De referir ainda que, nesse novo diploma, persistem problemas
relacionados com desigualdades, nomeadamente em relação aos docentes com
contrato a termo, mas também entre docentes dos quadros, com ultrapassagens na
carreira e nos concursos para colocação de docentes.
Na próxima semana enviaremos para a PGR e para a IGEC queixas com vários casos
de serviços mínimos abusivos verificados em algumas escolas, fruto da
convocatória dos seus diretores.
A defesa do direito à greve e à liberdade sindical é causa maior para nós, tanto
no espaço e nas instituições nacionais como nas europeias.
Lisboa, 25 de março de 2023
As organizações sindicais
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU
C
OMUNICADO
- 23.03.2023
Reunião com Ministério da
Educação em 22 de março
Propostas do ME não corrigem
assimetrias, não eliminam as vagas nem as quotas e não recuperam tempo de
serviço congelado
Quanto a outras matérias, são curtas as propostas e não há abertura para
questões apresentadas pelos sindicatos
A reunião de 22 de março, com o
ME, não correspondeu às expetativas dos docentes, que exigem a contagem integral
do tempo de serviço que cumpriram, a eliminação de vagas e quotas, bem como a
resolução de um conjunto de outros problemas. O ME não deu resposta positiva
a nada do que são exigências dos professores. Na melhor hipótese, o
Ministério admite a recuperação de 1 ano para além do perdido nas listas de
acesso às vagas, mas sem tocar num único dia dos mais de 6,5 anos que os
congelamentos eliminaram.
Da propaganda governativa, o que passa é que serão eliminadas as vagas, o que
não é verdade, e serão abrangidos 60 000 docentes, o que, constituindo o
potencial máximo, fica longe do número de quantos tirarão algum benefício com as
medidas apresentadas. A não ser alterada a proposta do ME, ficam de fora:
- Todos os docentes que entraram na profissão nos últimos 18 anos;
- Os que, tendo ingressado antes de 30/08/2005, por razões de desemprego e/ou
contratação para horários incompletos e/ou temporários, ficam a um ou mais dias
de cumprirem a totalidade dos 9 anos, 4 meses e 2 dias de congelamento;
- Os que já atingiram o topo da carreira, tendo, no entanto, sido muito
penalizados na sua progressão, com impacto que será visível na futura pensão de
aposentação.
Admite o ME recuperar o tempo de espera por vaga para os 5.º e 7.º escalões, mas
falta esclarecer se:
- Os docentes que prescindiram da recuperação de 2 anos, 9 meses e 18 dias para
encurtarem o tempo na lista de espera poderão agora recuperar esse tempo, pois
os poucos que assim não o fizeram, beneficiaram dessa recuperação, podendo,
agora, recuperar o tempo de espera;
- Recuperarão tempo de serviço aqueles que não ficaram na lista de espera, mas,
tendo reunido os requisitos de mudança ao longo de um ano, só mudaram em 1 de
janeiro do seguinte.
Para os docentes que ficarão isentos de vaga para progressão aos 5.º e 7.º
escalões, o ME não prevê recuperar um só dia de serviço, apesar de ser
previsível que mais de metade deles (quem obtivesse Excelente ou Muito Bom ou
quem reclamasse, com êxito, da menção de Bom ou ainda quem, tendo Bom,
conseguisse vaga) não ficariam retidos.
Para quem estiver nos 7.º, 8.º ou 9.º escalões após a entrada em vigor do
diploma legal será recuperado 1 ano, mas sem tocar nos 6 anos, 6 meses e 23 dias
em falta, pois todos estes professores e educadores perderam entre 2 e 6 anos
com a transição entre estruturas de carreira, a partir de 2007, propondo, agora,
o ME mitigar, apenas, uma curta parcela desse tempo.
A proposta que o ME apresentou nesta reunião, anunciada como corretora de
assimetrias internas à carreira decorrentes dos períodos de congelamento,
afinal, nada recupera do tempo perdido nesses anos, não elimina as quotas, não
elimina as vagas e não elimina assimetrias como as que resultam das
ultrapassagens na carreira verificadas após 2018. As medidas propostas pelo ME
não eliminam antigas e criam novas assimetrias.
Um exemplo, já tendo em conta a proposta apresentada pelo ME: um docente com 31
anos de serviço já deveria estar há um ano no 9.º escalão, mas está no 6.º (excecionalmente
estará no 4.º ou no 5.º); sabe que só dentro de 4 anos progredirá ao 7.º, não se
sujeitando a vagas; só daqui a 8 anos chegará ao 8.º; daqui a 12 anos, chegará
ao 9.º (onde já deveria estar há 1), e só daqui a 16 anos ingressará no 10.º;
portanto, só atingirá o topo da carreira dentro de 16 anos, mas, provavelmente,
não vai aí chegar, pois a idade e o tempo de serviço levá-lo-ão a pedir a
aposentação daqui a 12 anos, ou seja quando entrar no 9º escalão. Com a proposta
que o ME apresenta, neste caso e em muitos outros, na melhor hipótese, o topo
será atingido quando este docente completar 47 anos de serviço, apesar de a lei
prever que seja atingido aos 34 anos de serviço. A esmagadora maioria não
chegará ao topo porque antes desses 47 anos de serviço fará 70 de idade.
As organizações sindicais ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP,
SIPE e SPLIU exigem que o ME tenha em conta a proposta que entregaram em 13 de
março, essa sim corretora de todas as assimetrias: contagem integral do tempo de
serviço, de forma faseada até ao final da Legislatura, e eliminação definitiva
das vagas para progressão e das quotas da avaliação.
Propostas do ME para outros assuntos agendados são curtas ou inexistentes
O ME demonstrou disponibilidade para reduzir trabalho burocrático dos
docentes, mas, afinal, irá entregar tal responsabilidade a uma agência (LAB X),
ignorando, de imediato, as propostas dos sindicatos para reduzir a burocracia e
para eliminar todos os abusos e ilegalidades que continuam a afetar os horários
de trabalho.
Quanto à monodocência, não foi apresentada qualquer proposta concreta. As
organizações sindicais vincaram a necessidade de serem eliminadas as diferenças
existentes nos horários de trabalho de base e nas reduções por antiguidade
(artigo 79.º do ECD), defendendo que passassem a ser iguais. Além disso,
exigiram que o ME definisse, com clareza, o conteúdo das diferentes componentes
do horário, eliminando toda e qualquer atividade letiva (apoios, substituições,
coadjuvações, entre outras) nestas horas de redução. Para os docentes que já se
encontram na profissão, a compensação pelas atuais diferenças nos horários
deverá, por opção, ter impacto na aposentação.
Por último, em relação aos técnicos superiores e especializados, para além da
regularização do vínculo, no respeito pela Diretiva Comunitária que impede o
abuso à contratação a termo, as organizações sindicais também defenderam a
valorização salarial e de carreira destes profissionais.
Ministério sem abertura para resolver outros problemas colocados pelos
sindicatos
Para os sindicatos, aspetos como a aposentação dos docentes, a mobilidade por
doença, a criação de novos grupos de recrutamento, entre outros, não podem
continuar ausentes dos processos negociais. Contudo, apesar da insistência das
organizações sindicais, o ME não demonstra abertura para os abordar.
Ainda em relação à negociação que teve início em 22 de março, as organizações
sindicais de docentes consideram insuficiente a realização de, apenas, mais uma
reunião (5 de abril) e decidiram requerer ao ME que este processo se mantenha em
mesa única negocial e não em 4 mesas como anunciou o Ministro.
A luta vai continuar!
Quanto à luta dos professores, o que se passou na reunião de 22 de março
confirmou a necessidade da sua continuação.
As greves distritais iniciar-se-ão em 17 de abril e prolongar-se-ão até 12 de
maio; em 6-6-23, agora por razões acrescidas, será dia de Greve e Manifestação
de Professores e Educadores; por último, a manter-se necessária, a greve às
avaliações finais fechará o presente ano letivo e fará a ponte para o próximo.
Já na próxima semana realizar-se-ão as primeiras greves convocadas: às horas
extraordinárias, ao “sobretrabalho”, à componente não letiva de estabelecimento
e ao último tempo letivo diário de cada docente.
Esta greve, que deveria iniciar-se já na segunda-feira, dia 27, vai começar,
apenas em 29, pois o Ministério da Educação, na sua sanha antidemocrática de
atentar contra o direito à greve, considerou ilegal os dois primeiros dias (27 e
28) por, alegou, terem de ser convocadas com, pelo menos, 10 dias de
antecedência, permitindo o eventual pedido de serviços mínimos.
É absolutamente reprovável esta posição do ME que, por exemplo, para a reunião
de ontem, não observou os prazos legais de convocação. Para os sindicatos, não
há qualquer ilegalidade nos pré-avisos, pois não incidem sobre atividades que a
lei identifica como passíveis de ter serviços mínimos e, no caso em apreço, até
só será abrangido 1 tempo letivo diário. Quererão os responsáveis do ME requerer
20 minutos de serviços mínimos?
As organizações sindicais não aceitam esta limitação e apresentaram queixa junto
da Procuradoria-Geral da República por mais esta manifestação de abuso de poder.
Lisboa, 23 de março de 2023
As organizações sindicais
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU
C
OMUNICADO
- 22.03.2023
Propostas do ME são uma mão cheia
de nada e pejada de arbitrariedades, para milhares de professores
O SPLIU participou no dia 22 de
março numa reunião no Ministério da Educação sobre a apresentação de proposta de
correção dos efeitos assimétricos internos à Carreira Docente, decorrentes do
período de congelamento, a metodologia de trabalho para a redução da Burocracia
nas Escolas, a correção de desigualdade na redução de componente letiva nos GR
da monodocência, a regularização de vínculos de Técnicos Superiores e Técnicos
Especializados sem funções de formação e a apresentação de Calendário Negocial.
Ler mais
REUNIÃO COM A REPRESENTAÇÃO EM
PORTUGAL DA COMISSÃO EUROPEIA
O SPLIU marcou presença, no dia
22 de março de 2023, juntamente com as outras organizações sindicais (ASPL,
FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP e SIPE ), numa Reunião,
solicitada pelas organizações, com a Representação da Comissão Europeia em
Portugal. As organizações foram recebidas pela Representante e Coordenadora da
Comissão Europeia, Dra. Sofia Moreira de Sousa e pelo Chefe de Equipa e de
Representação Adjunto , Dr. António Vicente.
Nos assuntos focados nesta reunião, colocou-se em primeiro lugar o problema da
limitação do Direito à Greve. Foram reportados alguns problemas que estão a
afetar o setor da educação, designadamente a determinação ilegal dos serviços
mínimos; abusos no recurso aos serviços mínimos por parte de algumas direções de
Agrupamentos, colocando em causa o direito à greve e o direito à atividade
sindical; a discriminação salarial dos professores contratados e o abuso da
contratação a termo, entre outros.
Foram reportadas por estas organizações sindicais, todas as diligências já
efetuadas, nomeadamente: uma ação no Tribunal da Relação de Lisboa para
declaração de ilegalidade dos serviços mínimos decretados para as greves de 2 e
3 de março; uma reclamação/exposição de situações que estão a limitar o direito
à greve por parte dos docentes, à OIT, à Inspeção Geral de Educação e à
Procuradoria-Geral da República.
Foi abordado o assunto do novo modelo de gestão e recrutamento do pessoal
docente apresentado pelo ME e que foi negociado sem o acordo das organizações
sindicais, que ao introduzir algumas melhorias não veio resolver os problemas,
que se irão manter.
Ficou assumido o compromisso de fazer chegar à Representação da Comissão
Europeia, o novo Decreto-lei, logo que seja publicado, bem como todos os
documentos que estão diretamente ligados aos assuntos expostos nesta reunião.
Estes Representantes da Comissão Europeia em Portugal, mostraram total
disponibilidade para analisarem e tomaram de boa nota o que foi reportado nesta
reunião assumindo diligenciar de acordo com as competências que lhes são
conferidas.
Lisboa, 22 de março de 2023
A Direção Nacional
C
OMUNICADO
- 20.03.2023
Organizações sindicais de
docentes reúnem dia 22 (15:00 horas) com Representação em Lisboa da Comissão
Europeia
Em causa estarão desigualdades no
tratamento dos docentes em Portugal, bem como restrições aos direitos sindicais
As organizações sindicais ASPL,
FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU reúnem na próxima
quarta-feira, 22 de março, a partir das 15:00 horas, com a Representação em
Lisboa da Comissão Europeia. Nesta reunião estará presente a Coordenadora da
Representação, bem como o Coordenador Adjunto.
Para as organizações sindicais de docentes, ainda que os problemas que afetam os
professores tenham de ser resolvidos pelas instâncias de poder nacional,
designadamente Governo e Assembleia da República, as organizações sindicais
consideram haver lugar a diligências que as instâncias europeias poderão
desenvolver. Em relação ao Parlamento Europeu, os contactos serão feitos através
dos partidos políticos que elegeram eurodeputados, tendo já sido pedidas
reuniões a todos eles; já esta reunião, destina-se a fazer chegar à Comissão
Europeia diversas informações, solicitando uma intervenção junto do Governo
Português.
Na agenda, as organizações sindicais levarão problemas relacionados com
desigualdades que persistem, nomeadamente em relação aos docentes com contrato a
termo, mas também entre docentes dos quadros, com ultrapassagens na carreira e
nos concursos para colocação de docentes. Na reunião serão ainda colocadas
outras questões, prioritariamente a que se refere a restrições ao exercício de
atividade sindical, com algumas escolas a imporem serviços mínimos quando se
realizam reuniões sindicais, e ao direito à greve.
Sobre o eventual recurso a instâncias jurídicas europeias, elas só serão
possíveis depois de esgotadas as instâncias nacionais, junto das quais as
organizações sindicais estão a desenvolver as indispensáveis ações, pelas quais
procuram resolver os problemas das ultrapassagens na carreira, assim como
contestar os serviços mínimos ilegais que foram impostos aos professores em dias
de greve.
Lisboa, 20 de março de 2023
As organizações sindicais
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU
INSTITUCIONAL
- 18.03.2023
REUNIÃO DO CONSELHO NACIONAL DO SPLIU
Realizou-se no dia 18 de Março, em Lisboa, uma reunião de Dirigentes Sindicais
do SPLIU, na qual foram debatidos vários assuntos relacionados com a atividade
interna do SPLIU, assim como outros temas atuais de natureza sindical.
C
OMUNICADO
- 16.03.2023
SPLIU CONVOCADO PARA REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO
SINDICAL COM O ME
O SPLIU recebeu hoje, dia 16 de março, uma convocatória para uma reunião de
negociação sindical com o Ministério da Educação, a realizar no próximo dia 22
de março, às 9h00, (no formato de mesa única) nas instalações do Ministério da
Educação, sitas na Av. Infante Santo, nº 2, com a seguinte ordem de trabalhos:
Apresentação de proposta de correção dos efeitos assimétricos internos à
Carreira Docente, decorrentes do período de congelamento.
Metodologia de trabalho para a redução da Burocracia nas Escolas.
Correção de desigualdade na redução de componente letiva nos GR da
monodocência.
Regularização de vínculos de Técnicos Superiores e Técnicos Especializados
sem funções de formação.
Apresentação de Calendário Negocial.
O SPLIU prossegue na defesa da valorização da profissão de professor.
Lisboa, 16 de março de 2023
A Direção Nacional
C
OMUNICADO
- 14.03.2023
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM,
SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU formalizam convocatórias das ações e lutas
anunciadas
Ministério da Educação falha convocatória de reunião para dia 20
Como é do domínio público, as
negociações sobre o regime de concursos dos docentes terminaram sem acordo e, em
relação a outras matérias que as organizações colocaram em cima da mesa como
prioridades negociais para calendarização, o Ministério não as acolheu. Admitiu
uma reunião para 20 de março, mas na qual não constam questões como a
recuperação integral do tempo de serviço, a eliminação de vagas e quotas, a
alteração do regime de Mobilidade por Doença, a aposentação ou a regularização
dos horários de trabalho. Mas, mesmo para a realização desta reunião, o ministro
João Costa pôs como condição, na prática, o silenciamento dos professores,
deixando de se concentrarem junto ao ME, em protesto, nos dias das reuniões, e
de fazerem greve.
Perante a situação que se está a viver, as organizações sindicais ASPL, FENPROF,
FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU, dando cumprimento ao plano
de luta anunciado e que decorre da consulta feita junto dos professores e dos
educadores, apresentaram hoje ao Governo os pré-avisos de greve:
Ao serviço extraordinário;
Ao serviço atribuído fora do
horário de trabalho ou indevidamente incluído na sua componente de trabalho
individual (sobretrabalho);
À componente não letiva de
estabelecimento (todo o serviço do horário de trabalho, a cumprir na escola,
para além da componente letiva);
Ao último tempo letivo diário
de cada docente.
Estas greves iniciar-se-ão no
próximo dia 27 de março.
Para além destas, indo ao encontro do que foi respondido pelos docentes na
consulta realizada, estão marcadas, ainda, outras greves:
Greves por distrito entre 17
de abril e 12 de maio, respeitando a seguinte sequência: ABRIL – Porto (17),
Viseu (18), Vila Real (19), Viana do Castelo (20), Setúbal (21), Santarém
(24), Portalegre (26), Leiria (27), Guarda (28); MAIO – Faro (2), Évora (3),
Coimbra (4), Castelo Branco (5), Bragança (8), Braga (9), Beja (10), Aveiro
(11) e Lisboa (12). Estas greves serão acompanhadas de ações de rua em cada
distrito;
Greve Nacional e Manifestação
em 6 – 6 – 23 (data simbólica, dado que, só do tempo em que as progressões
na carreira estiveram congeladas, os professores ainda não recuperaram 6
Anos, 6 Meses e 23 Dias);
Greve às avaliações de final
de ano letivo.
Para além destas formas de luta,
os professores continuarão a promover, localmente, concentrações à porta das
suas escolas, vigílias, protestos quando se verifiquem deslocações dos
governantes e outras ações que decidam, contando com o apoio das suas
organizações sindicais.
A par destas formas de luta, estão também a ser promovidas outras iniciativas
conjuntas das organizações, tais como: reuniões com as direções dos partidos
políticos (já solicitadas), audiência com a Representação da Comissão Europeia
em Lisboa (já solicitada) e exposição de situações que estão a limitar o direito
à greve por parte dos docentes junto de OIT, Comité Sindical Europeu de Educação
e Internacional de Educação. A este propósito, foi entregue ação no Tribunal da
Relação de Lisboa para declaração de ilegalidade dos serviços mínimos decretados
para as greves de 2 e 3 de março, p.p..
Como acontece em qualquer processo reivindicativo, o que se espera é que a
negociação coletiva permita a resolução dos problemas que estão a levar a tão
fortes lutas. A posição do Ministro da Educação, de não reunir se os professores
mantiverem as greves e, também, as concentrações nos dias das reuniões, para as
quais, o ME nem sequer pretende agendar as matérias que os docentes consideraram
prioritárias na consulta realizada, não é bom prenúncio para o futuro. A
superação do clima de conflito sentido nas escolas está nas mãos do ME, não pode
ser de outra forma. Para isso tem de avançar com as negociações que permitam
encontrar respostas para os graves problemas que afetam e desvalorizam a
profissão docente.
Lisboa, 14 de março de 2023
As organizações sindicais
ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU